União Homoafetiva entra na pauta do plenário do STF próximo dia 04

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Dois processos envolvendo a união de pessoas do mesmo sexo foram incluídos na pauta de julgamentos do Plenário do Supremo Tribunal Federal da próxima semana. Na quarta-feira, 4 de maio, os ministros deverão analisar, sobre a união homoafetiva, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 4277 e a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 132, ambas de relatoria do ministro Ayres Britto.

ADI 4277
A ADI 4277, ajuizada pela Procuradoria-Geral da República, foi protocolada inicialmente como ADPF 178. A ação objetiva a declaração de reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar. Pede, também, que os mesmos direitos e deveres dos companheiros nas uniões estáveis sejam estendidos aos companheiros nas uniões entre pessoas do mesmo sexo.
A PGR defende a tese de que “se deve extrair diretamente da Constituição de 1988, notadamente dos princípios da dignidade da pessoa humana (artigo 1º, inciso III), da igualdade (artigo 5º, caput), da vedação de discriminações odiosas (artigo 3º, inciso IV), da liberdade (artigo 5º, caput) e da proteção à segurança jurídica, a obrigatoriedade do reconhecimento da união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar”.

ADPF 132
Na ADPF 132, o governo do Estado do Rio de Janeiro (RJ) alega que o não reconhecimento da união homoafetiva contraria preceitos fundamentais como igualdade, liberdade (da qual decorre a autonomia da vontade), e o princípio da dignidade da pessoa humana, todos da Constituição Federal.
A ação pede que o STF aplique o regime jurídico das uniões estáveis, previsto no artigo 1.723 do Código Civil, às uniões homoafetivas de funcionários públicos civis do Rio de Janeiro. E que os mesmos direitos dados a casais heterossexuais sejam dados aos casais homossexuais em relação a dispositivos do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado do Rio de Janeiro, que tratam sobre concessão de licença, previdência e assistência (incisos II e V do artigo 19 e artigo 33 do Decreto-Lei 220/75).

 

Fonte: STF

O bullying homofóbico precisa ser combatido e criminalizado

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Por:  JEFERSON GONZAGA

A  abordagem do tema bullying, sobre o prisma jurídico, tem lá seus motivos. Tem sido ele a justificativa para a ocorrência de uma série de atentados, homofóbicos ou não, mas sempre cruéis.

Últimos episódios retratados pela mídia envolvendo o bullying homofóbico são lamentáveis num país como o nosso, que, em 2009, na Parada de Orgulho GLBT, em São Paulo, teve como tema “Sem homofobia, mais cidadania – pela isonomia dos direitos”.

A homofobia como temática para uma manifestação social de tamanha proporção refletiu a indignação e denúncia da violência e da violação de uma série de direitos, enfatizando a igualdade de gênero.

Em nome daqueles que partilham do mesmo repúdio é que escrevo o tema, lamentando o ocorrido com atletas que ao longo dos anos têm sido expostos a uma série de situações vexatórias e constrangedoras, que ferem a dignidade de cada ser. Lamento ainda, por aqueles que padecem do mesmo mal, sofrem da mesma violência e que não são retratados pela mídia.

A homofobia é uma manifestação cruel e arbitrária que consiste em designar o outro como o contrário, inferior ou anormal, referindo-se a um pré-julgamento e ignorância que consistem em acreditar na supremacia da heterossexualidade.

Neste contexto é possível e pertinente inserir o fenômeno bullying, que foi objeto de estudo pela primeira vez na Noruega e é utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica contra alguém em desvantagem de poder, sem motivação aparente e que causa dor e humilhação a quem sofre. No Brasil, os primeiros estudos começaram em 2000 – 20 anos após o termo ter se difundido no mundo. Ainda existem divergências quanto a seu conceito, mas qualquer que seja sua designação o bullying é fenômeno sério, complexo e multifacetado.

Assim, o bullying homofóbico é sustentado por concepções preconceituosas e práticas discriminatórias em relação às pessoas que apresentam uma orientação distinta da heterossexualidade, retrata sentimentos de ódio, aversão ou hostilidade às pessoas que possuem um desejo pelo mesmo sexo (ou, ao menos, apresentam esta possibilidade) e a todas as demais manifestações sexuais distintas, permitindo que um número inestimável de homossexuais vivencie sentimentos de rejeição de toda ordem: psicológica, física, religiosa, entre tantas outras. Partilho do entendimento de que discriminar não é apenas falar o que se pensa a respeito de algo, expondo um parecer pessoal. Discriminar é atentar à violação da dignidade de cada pessoa, em seu íntimo, e essa afronta compete ao direito tutelar.

Conheço da resistência do poder público ao discutir o Projeto de Lei da Câmara – PLC 122/06 -, que trata os crimes relacionados à homofobia. Esse Projeto alteraria a Lei 7.716/89, que dispõe sobre crimes de preconceito, incluindo a criminalização da homofobia. Nesse contexto, o combate a homofobia representa o combate ao ‘bullying homofóbico’, ao machismo e a possibilidade de vivências de outros tipos de ser homem, de outras masculinidades. Por essa série de atos e manifestações preconceituosas é que os homossexuais receberam, ao longo da história, rótulos pejorativos, descabidos, cruéis e discriminatórios.

A criação de leis específicas às necessidades e interesses da população homossexual é um indício das mudanças que vêm ocorrendo, por parte do poder público, desse grupo sócio-historicamente discriminado. Embora respeite, não comungo da compreensão de que condutas discriminatórias homofóbicas estejam previstas no artigo 140 do Código Penal, sendo, portanto, crimes de injúrias. Não que não sejam – são! Mas vão além. Refletem a história de um povo que tem sofrido uma série de agressões sem que sejam tutelados dentro de sua particularidade, dentro de desigualdade perante a sociedade. É o grito dessa parcela da população que merece ser ouvido.

Atentar-se ao respeito da diversidade sexual, compreendendo as violências morais, psíquicas, religiosas e físicas sofridas pelo gênero LGBT é mais que reconhecê-los em sua particularidade, é possibilitar a concretização da Justiça, mediante a defesa da dignidade. É a partir das intimidações, hostilizações e ridicularizações sofridas pelo gênero é que são permitidos os questionamentos e discussão do assunto.

É pela série de atentados, que o poder público insiste em não ver, sequer se manifestar, é que a voz LGBT não pode se calar. Pelos que clamam por Justiça e por aqueles que atuam na defesa dos Direitos Humanos é que um significativo avanço na defesa da homossexualidade deve acontecer. Reflito quantas difamações, humilhações e perseguições deverão sofrem os homossexuais a fim de que se trave uma importante batalha em prol da dignidade humana, sem ordem do precário ou desprezível pelo Estado.

Àqueles que vivem oprimidos em razão da exposição a atentados de bullying, aos que são vítimas de condutas homofóbicas, quer seja no seu núcleo familiar, no trabalho, na universidade ou qualquer ambiente, oriento que denunciem tais agressões – o Poder Judiciário existe para apreciar a defesa das ameaças ou lesões de direitos.

Mesmo marginalizados e sofridos, não desistam de ser feliz a seu modo. Amem – sem censura, nem pudor.

Não se intimidem! O silêncio ainda é o melhor amigo do preconceito.

(Texto escrito por: JEFERSON GONZAGA, advogado inscrito na OAB/SP sob o nº 307.936; tem 25 anos e reside em Campinas – SP, estuda, incentiva e apoia o estudo dos assuntos jurídicos homoafetivos)

Texto publicado na íntegra extraído do Site A CAPA no seguinte endereço eletrônico em 21/04/2011, mediante autorização autoral e redacional:

http://acapa.virgula.uol.com.br/colunas/direitos-o-bullying-homofobico-precisa-ser-combatido-e-criminalizado/10/74/13300

Para Corregedoria da Câmara, Bolsonaro não quebrou o decoro parlamentar

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O presidente da Corregedoria da Câmara, Eduardo Fontes (PP-PE), deve livrar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) da acusação de racismo e homofobia. Para Fontes, Bolsonaro não entendeu a pergunta feita pelo programa “CQC – Custe o Que Custar”, da TV Bandeirantes. Vale lembrar que o corregedor é do mesmo partido do deputado.

De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna de hoje (19) publicada no jornal “Folha de São Paulo”, Eduardo Fontes declarou que se Bolsonaro “tivesse entendido, ele não responderia daquela forma”. Segundo a jornalista, o corregedor não se manifesta oficialmente.

Eduardo Fontes também pediu pesquisa sobre decisões onde o STF (Supremo Tribunal Federal) trata da prerrogativa onde os parlamentares podem se expressar livremente. Especula-se que, já que homofobia não é crime, Bolsonaro pode contar com o respaldo da imunidade parlamentar.

 

Fonte: Site acapa

Tribunal de Justiça do RJ aplica Lei Maria da Penha a casal gay

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Mais um homossexual foi beneficiado com a Lei Maria da Penha. Desta vez, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro TJ-RJ, através do juiz Alcides Fonseca Neto, da 11ª Vara Criminal, concedeu a medida protetiva que determina ao ex-companheiro manter uma distância de 250 metros da vítima por tempo indeterminado.

Segundo o TJ-RJ, o casal vivia junto há três anos, no centro do Rio, e a vítima sofria constantes agressões por parte do ex-companheiro. Em uma delas, ocorrida no final de março, a vítima foi atacada com uma garrafa, o que lhe causou hematomas no rosto, nas pernas, lábios e coxa.”A especial proteção destinada à mulher pode e deve ser estendida ao homem naqueles casos em que ele também é vítima de violência doméstica e familiar”, explicou o magistrado Alcides Fonseca Neto.

 

Apesar de estar preso, já foi expedido um alvará de soltura ao ex-companheiro, sem o pagamento de fiança. No entanto, a medida só ocorre quando o réu assinar um termo se comprometendo a manter a distância estipulada pelo juiz da vítima.No começo do ano, um homossexual do Rio Grande do Sul foi beneficiado com a Lei Maria da Penha. A medida foi concedida pelo juiz Osmar de Aguiar Pacheco, de Rio Pardo RS, que terminou ao ex-parceiro manter a distância mínima de 100 metros.

 

Fonte: Site acapa

SEMANA SANTA – ENCONTRO DAS TERÇAS DA PASTORAL DIA 19 DE ABRIL, ÀS 19 HORAS, NO CASARÃO BRASIL

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ENCONTRO TERÇAS DA PASTORAL

 

Sua presença é que faz a nossa Semana Santa.

Nesta terça, 19 de abril, às 19h no Casarão Brasil.

 

É tempo de celebrar a Paixão e a Ressurreição de Jesus Cristo. É tempo de celebrar a Semana Santa em mais um encontro Terças da Pastoral aqui no Casarão Brasil.

 

Com o tema “Viver a Semana Santa como Católic@ LGBT”, abrimos nossas portas para um incrível processo de meditação com o Pe. James Alison. Venha conhecer o ministério Pascal, a partir da perspectiva de cidadão LGBT.

 

O espaço está aberto para o compartilhamento de experiências. No encerramento, uma marcante missa sagrada.

Paz, amor, fé, carinho, sabedoria e igualdade é tudo que este encontro reserva para você.

 

 

Casarão Brasil. De portas abertas para você.

Rua Frei Caneca, 1057 – São Paulo.

 

Polícia detém integrantes de grupo nacionalista na Paulista

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Maioria será ‘averiguada por crime de intolerância’.
Ato teve de um lado grupos nacionalistas e de outro ativistas gays.

Marta Cavallini Do G1 SP

Dez pessoas foram detidas durante protesto no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, na manhã deste sábado (9).

Oito são integrantes dos grupos Ultradefesa, União Nacionalista e Carecas, que foram ao local fazer uma manifestação em defesa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Um deles estava com uma carteirinha com a inscrição “detetive especial”. Os outros dois detidos são punks anarquistas que estavam do outro lado do protesto e estavam sem documentos.

Segundo Cássio Cardosi, do Serviço de Operações Especiais do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a maioria dos detidos foi levada para a delegacia após uma análise dos documentos apontar alguns deles como já tendo se envolvido em atos de intolerância. Eles foram levados para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

Protesto na Paulista (Foto: Marta Cavallini/G1)Estrelinhas ninja que foram apreendidas
(Foto: Marta Cavallini/G1)

Foram apreendidos durante o protesto um bastão e estrelinhas ninja com integrantes dos dois grupos. A Policia Militar teve de fazer um cordão de isolamento para que os grupos nacionalistas não entrassem em confronto com ativistas do movimento gay, estudantil, punk-anarquista, negro e de defesa das mulheres e integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da USP , que também foram ao local para tentar impedir o protesto.

No programa “CQC”, da TV Bandeirantes, exibido no mês passado, Bolsonaro afirmou que não discutiria “promiscuidade” ao ser questionado pela cantora Preta Gil, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra. Bolsonaro também disse, no programa, que os filhos dele não são gays porque tiveram uma boa educação.

Protesto na Paulista (Foto: Marta Cavallini/G1)Cássio Cardosi mostra carteirinha de detido que se
dizia detetive especial (Foto: Marta Cavallini/G1)

Durante toda a manhã, houve provocações de lado a lado. Houve disparo de gás pimenta quando um movimento do grupo nacionalista se aproximou da corrente da polícia. Outro integrante do grupo teve de ser retirado pela polícia após tentar discutir com o movimento estudantil gay.

Eduardo Thomaz, integrante do grupo Ultradefesa, disse que o objetivo do protesto foi defender os “direitos da família e do cidadão”. Segundo ele, o ato não teve caráter “homofóbico”. Já o movimento gay disse ter se mobilizado para impedir um ato de “intolerância”.

Segundo o capitão da PM Fábio Romam Albuquerque, do 11º batalhão, cem homens foram deslocados para a região para ajudar na contenção.

Protesto na Paulista (Foto: Marta Cavallini/G1)Policiais fazem paredão para impedir possível confronto (Foto: Marta Cavallini/G1)

Seminário Redes e Sustentabilidade no SGDCA

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Clique abaixo para saber mais sobre o seminário Redes e Sustentabilidade no SGDCA (Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente).

 

O evento, promovido pela Fundação Telefônica, acontecerá nos dias 4 e 5 de maio de 2011 em São Paulo, no Novotel Jaraguá (Rua Martins Fontes nº 71 – Bela Vista, São Paulo, SP).

 

Inscrições pelo site do Portal Pró-Menino: www.promenino.org.br

 

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Mãe biológica confirma adoção do filho para casal gay

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Quase dois meses depois do Ministério Público de Pelotas (RS) propor à Justiça a adoção de um menino de quatro anos por um casal de união homoafetiva, a mãe biológica da criança foi ouvida pela juíza da Vara da Infância e Juventude, Maria do Carmo Braga. A audiência aconteceu na terça-feira (12/4), com as presenças do promotor da Infância e Juventude, José Olavo Passos, e de um defensor público. A mãe do menino afirmou que concorda com a adoção e quer que o filho fique com o casal homossexual.

O menino foi entregue ao casal há dois anos pela mãe, pedindo que dele cuidassem. O Conselho Tutelar chegou a ser procurado pelo casal e autorizou que permanecesse com a criança diante da situação em que se encontrava: estava com sarna, piolho e precisando de atendimento médico. Na época, a mãe relatou que não possuía condições de cuidar do filho e assinou um termo de entrega do menino, que foi repassado para o casal.

Em fevereiro, a Promotoria da Infância e Juventude de Pelotas requereu a guarda provisória, ao ajuizar uma ação de adoção cumulativa com destituição do poder familiar, para que a criança pudesse se tornar oficialmente filha do casal. A Justiça acolheu o pedido da guarda provisória feita pelo promotor José Olavo Passos. Na avaliação do promotor, “o que tem que se analisar é o bem-estar da criança, e se ela tem todo o carinho e suporte necessário. Não há motivo para se negar a adoção em virtude da sexualidade do casal, importando, sim, o caráter das pessoas”.

De acordo com José Olavo, o casal vive em união estável há oito anos. E o menino ‘‘está saudável e feliz, frequenta a escola, tem plano de saúde, está entrosado com a família do casal, convive com meninos e meninas e tem uma orientação psicológica completamente normal”.

Fonte: Consultor Jurídico

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