Direitos negados a LGBT´s
Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realiza audiência pública sobre a Criminalização da Homofobia no RS
0II Congresso Regional de Direito do ABCDMR terá palestras com temática de Direito da Diversidade Sexual
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O II Congresso Regional de Direito do ABCDMR terá, em sua programação, palestras relativas ao Direito da Diversidade Sexual, coordenadas pela Comissão de Defesa dos Direitos da Diversidade Sexual e pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Santo André.
Abaixo destacamos a programação relativa ao tema; a programação completa do evento pode ser consultada no site da OAB. O evento é gratuito e com emissão de certificado.
29.08.2012 – 14 horas
TRANSEXUALIDADE E QUESTÕES CONTROVERTIDAS DE DIREITO DE FAMÍLIA
Expositora
DRA. TEREZA RODRIGUES VIEIRA
Advogada; Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC SP; Especialista em Interesses Difusos e Coletivos na ESMP SP.
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31.08.2012 – 11 Horas
DIREITOS E GARANTIAS À CONDIÇÃO SEXUAL
Expositora
DRA. KÁTIA BOULOS
Advogada; Vice-Presidente da Comissão de Direito de Família da OAB SP.
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Local
Fundação Santo André
Avenida Príncipe de Gales, 821 – Santo André
Inscrições / Informações
Gratuitas
Fones: (11) 4992-7933 / 4436-0312
Promoção
38ª Subseção – Santo André
Presidente: Dr. Fabio Picarelli
Coordenação do Congresso
Dra. Patrícia Bono
Presidente em exercício da OAB SP
Dr. Marcos da Costa
***Serão conferidos certificados de participação — retirar em até 90 dias***
*** Vagas limitadas ***
Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual de SP lança quinta edição de curso sobre cidadania LGBT para servidores públicos
0A Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual do Estado de São Paulo lançou a quinta edição do curso a distância “A conquista da cidadania LGBT: a política da diversidade sexual no estado de São Paulo”.
Abaixo folder do curso e link para inscrição, para que seja possível divulgar e incentivar os servidores públicos estaduais e municipais a inscreverem-se, de modo que todos os agentes públicos do Estado de São Paulo tenham o desempenho das suas atividades comprometido com o eficaz enfrentamento a toda forma de discriminação e violência em razão da orientação sexual e identidade de gênero dos indivíduos.
O curso é gratuito e totalmente virtual, e a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania conta com a participação de todos!
Faça sua inscrição no endereço: http://diversidadesexual.sp.
Gadvs quer que OAB-SP respeite a diversidade sexual
0Fonte: MixBrasil
18/07/2012 – 11h26
Por: Redação
Grupo de advogados quer garantia de respeito à diversidade na OAB de São Paulo
O Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual (Gadvs) quer garantir que os candidatos à eleições da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB-SP) respeitem a diversidade sexual, caso sejam eleitos. O grupo enviou uma carta aberta a todos os pleiteantes manifestando suas expectativas sobre os programas e plataformas políticas dos candidatos.
O grupo salienta na mensagem a importância do novo dirigente da OAB-SP, que substitui Luiz Flávio Borges, respeitar e defender a diversidade sexual, a livre orientação sexual e a identidade de gênero. O Gadvs também manifestou a relevância do apoio da Ordem a projetos de lei que protegem os direitos da comunidade LGBT, em especial a criminalização da homofobia, a aprovação do casamento igualitário e da mudança do registro civil de nomes sociais e do registro de gênero para travestis e transexuais, além do combate à violência homofóbica física e moral.
[Nota do GADvS: Confira notícias sobre a recepção da Carta Aberta pelos candidatos nos sites de Roberto Podval e Alberto Zacharias Toron.]
Carta Aberta do GADvS aos candidatos da OAB SP
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CARTA ABERTA DO GADvS – GRUPO DE ADVOGADOS PELA DIVERSIDADE SEXUAL AOS CANDIDATOS ÀS ELEIÇÕES DA OAB SÃO PAULO.
O GADvS – GRUPO DE ADVOGADOS PELA DIVERSIDADE SEXUAL, entidade de direito privado, que tem por finalidade social promover a cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, e Transexuais (LGBTs), combater a violência homofóbica, reduzir o número de assassinatos por crimes de ódio (homofobia) contra LGBTs, e viabilizar a ampla participação desta comunidade na sociedade civil brasileira a fim de usufruir de todos os meios disponíveis do Estado Brasileiro para que alcance e exerça todos os direitos civis e fundamentais previstos na Carta Magna e na legislação infra constitucional, vem a público apresentar esta Carta Aberta dirigida a todos os candidatos e candidatas ao pleito que ocorrerá nos próximos meses para ocupar o corpo diretivo da Ordem dos Advogados do Brasil Secção São Paulo e de suas Subsecções por todo o Estado, manifestando sua opinião e expectativa no quanto segue:
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos democraticamente para dirigir a entidade no próximo período estejam atentos à grande mudança histórica e sociológica que vem ocorrendo na sociedade e nas instituições públicas e privadas brasileiras, no sentido de tratar a diversidade sexual e a liberdade do exercício pleno da orientação sexual e do respeito à identidade de gênero como mais uma forma de manifestação legítima da sexualidade humana, calcada nos direitos fundamentais e na dignidade da pessoa humana, sem qualquer preconceito, discriminação ou qualquer outra forma de opressão e intolerância;
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham como um de seus objetivos claros e conscientes a necessidade de cuidar e zelar pelos membros LGBTs que hoje já compõem os quadros da entidade, e em geral por todos os cidadãos e cidadãs titulares de direitos sexuais inalienáveis, assegurando que a Ordem esteja atenta e repudie com veemência e por todos os meios a ela disponíveis qualquer preconceito e discriminação contra o livre e pleno exercício e respeito à orientação sexual e à identidade de gênero da pessoa humana.
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham por fim em sua plataforma política e administrativa apoiar e subsidiar efetivamente projetos legislativos federais, estaduais e municipais que assegurem o reconhecimento de direitos civis e fundamentais para cidadãos e cidadãs LGBTs, em especial o casamento igualitário e a criminalização da homofobia nos mesmos moldes que já existe com relação a outras formas de intolerância como por exemplo o racismo, a xenofobia, o machismo e a intolerância religiosa. Nem menos, nem mais, apenas direitos iguais!
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham por fim em sua plataforma política e administrativa apoiar e subsidiar efetivamente projetos legislativos federais, estaduais e municipais que assegurem o reconhecimento e exercício do direito a alteração de registro civil de nomes, gênero e outras eventuais informações que contemplem o respeito à identidade de gênero, a fim de respeitar a cidadania de travestis e transexuais.
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham por fim em sua plataforma política e administrativa propor ações judiciais coletivas que assegurem o respeito aos direitos sexuais, à identidade de gênero e a livre orientação sexual.
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham por fim em sua plataforma política e administrativa manter, ampliar e tornar a COMISSÃO DE DIVERSIDADE SEXUAL da OAB SP e das suas Subsecções órgãos ainda mais efetivamente voltados aos interesses e direitos da população LGBT, livres de ingerências e interesses mercadológicos. Por mais de uma década a comunidade LGBT pleiteou e esperou a instalação da COMISSÃO DE DIVERSIDADE SEXUAL, que somente se deu em 2011. É seu desejo que esse se torne um órgão influente junto às autoridades públicas, a fim de assegurar que apurações policiais de crimes e persecução judicial de delitos homofóbicos tenham ampla efetividade, com resultados satisfatórios para a justiça e a paz social. Espera também que sua atuação seja ampliada junto aos órgãos de segurança pública e a defensoria pública, a fim de fiscalizar e auxiliar tais órgãos.
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham por fim em sua plataforma política e administrativa manter e ampliar a atuação do convênio recentemente firmado com a Secretaria de Justiça de São Paulo, a fim de promover a coleta e encaminhamento àquela secretaria de denúncias de discriminação contra LGBTs em razão de sua identidade de gênero e de orientação sexual, nos termos do que dispõe a Lei Estadual no. 10.948/01. Espera também que a OAB SP fixe convênios com órgãos públicos para combater a homofobia e a transfobia.
O GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham por fim em sua plataforma política e administrativa envidar todos os esforços para assegurar, manter e defender o estado laico brasileiro, fazendo uso de todos os meios disponíveis para repudiar e impedir nefastas e antirrepublicanas influências de cunho fundamentalista religioso, que atentam contra a ordem constitucional e visam instituir um estado teocrático, medieval e de benesses a minorias de grupos privilegiados. Que a OAB SP permaneça sendo guardiã da boa fé e da crença religiosa do povo brasileiro, assegurando, apoiando e defendendo a liberdade constitucional de manifestação do pensamento e da liberdade de credo religioso, em especial àquelas vítimas de preconceito e discriminação, como por exemplo as que professam fé religiosa em entidades e denominações de matriz africana e também os ateus e agnósticos.
POR FIM, o GADvS espera que os candidatos e candidatas escolhidos para dirigir a entidade tenham em sua plataforma política e administrativa promover e oferecer as melhores condições de trabalho e exercício da advocacia para aqueles pertencentes aos seus quadros, defendendo-os contra qualquer ato inibitório e atentatório à advocacia. Espera que a entidade amplie o combate à corrupção e à ineficiência do Poder Judiciário, bem assim busque manter, fortalecer e retomar a tradição da OAB paulista em defesa das liberdades democráticas, sendo fiel a sua história e passado.
São Paulo, 07 de julho de 2012.
GADvS – GRUPO DE ADVOGADOS PELA DIVERSIDADE SEXUAL.
Eduardo Piza Gomes de Mello
Diretor Presidente
Lourdes Buzzoni Tambelli
Diretora Secretária
Sergio Sebastião Bernardo
Diretor Fiscal
Justiça pune clube Paulistano por discriminação sexual
0Fonte: Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo
A secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania, Eloisa de Sousa Arruda, aplicou a pena de advertência ao clube Athletico Paulistano, localizado nos Jardins, prevista na Lei Estadual 10.948/01, que pune administrativamente a prática de discriminação por orientação sexual.
A decisão foi publicada no Diário Oficial no dia 28 de junho, republicada na íntegra hoje (5), após a secretária entender que houve discriminação por parte do clube, que se recusou a reconhecer o parceiro de um sócio homossexual como dependente.
Em janeiro, a Secretaria da Justiça instaurou um processo administrativo para avaliar se houve ato discriminatório. Ao ser julgado em 1ª instância, pela Comissão Processante Especial da Secretaria, o clube Paulistano foi absolvido.
Após recurso, o processo foi encaminhado para 2ª Instância, em que cabe a secretária da Justiça julgá-lo. Em 25 de junho, Eloisa Arruda reformou, ou seja, modificou a decisão da Comissão Processante e advertiu o clube. Todas as partes foram comunicadas.
A partir de agora, se o Paulistano reincidir, a pena poderá ser mais rigorosa. Segundo o artigo 6º da Lei 10.948/01, estabelecimentos que cometerem discriminação, correm o risco de receberem advertências, multas, que variam conforme o poder aquisitivo, suspensão da licença estadual de funcionamento por 30 dias, e, até, cassação definitiva.
Por dentro do processo
Desde 2009, o clube Athletico Paulistano nega o pedido de um sócio homossexual que tenta incluir o parceiro como dependente. O conselho do clube defende que a inclusão é vetada pelas próprias normas estatutárias e que o rapaz pode frequentar o espaço como visitante.
A Comissão Processante Especial da Secretária da Justiça e da Defesa da Cidadania foi criada em agosto de 2002, para apurar casos como o ocorrido no clube e apurar se houve discriminação por orientação sexual, com base na Lei 10.948/01. “A Comissão tem a responsabilidade de decidir qual sanção será aplicada. É um trabalho imparcial”, explica a presidente Lucimara Nunes de Paula.
A Secretaria da Justiça recebe denúncias e elabora os processos administrativos. Cabe à Comissão, formada por cinco membros nomeados pela secretária da Justiça, instaurar o procedimento, citar as partes e reunir as provas. Em seguida, o grupo julga se houve conduta discriminatória.
Os casos julgados pela Comissão permitem recursos. São encaminhados para análise da secretária da Justiça, que julga em 2ª Instância. Depois da decisão, não cabe mais recurso, como ocorreu no processo envolvendo o Athletico Paulistano.
Fabiana Campos
Assessora de Imprensa
Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania
Governo do Estado de São Paulo
(11) 3291-2612 – Ramal: 2770