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GADvS visita mais candidatos à presidência da OAB/SP

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O Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual continua suas visitas aos candidatos à OAB/SP para entregar sua Carta Aberta sobre as expectativas do Grupo com relação à promoção e defesa da cidadania de LGBTs pelos colegas que assumirão a diretoria da OAB/SP após as eleições de novembro.

 

Os diretores do GADvS estiveram, dessa vez, no escritório do advogado Ricardo Hasson Sayeg em 22 de agosto, e foram bem recebidos pelo candidato, com quem conversaram sobre as expectativas do grupo, e que se mostrou solidário à causa.

 

Na mesma semana, no 24 de agosto, o GADvS esteve também no escritório da candidata Rosana Chiavassa, que expressou apoio à causa da cidadania LGBT e enviou, após a visita, uma resposta à Carta Aberta do GADvS, que segue abaixo.

 

 

O GADvS continuará fazendo contato com os demais candidatos à presidência da OAB/SP para apresentação de sua Carta Aberta, e mais notícias serão postadas neste site em breve.

 

Prezada Dra. Lourdes e demais integrantes do GADvS,

 

Recebi, na qualidade de candidata à Presidência da OAB/SP a carta aberta desse Grupo, com suas intenções e propostas à causa defendida.

Sinto-me muito à vontade para assumir os compromissos indicados.

Nosso Estatuto traz em seu art. 44 os objetivos e deveres de nossa Entidade. Um deles é o respeito à CF. Só nisso, temos a defesa intransigente da igualdade de direitos independente da diversidade sexual, combatendo a discriminação e preconceito e as as posturas inaceitáveis do uso das crenças religiosas que manipulam a massa.  

Assim, a OAB/SP, sob minha Presidência, apoiará de forma efetiva e ativa o acompanhamento dos Projetos de Leis afetos, bem como encaminhará outras propostas legislativas sejam as municipais, estaduais e federais (tal qual a casamento igualitário e criminalização da homofobia), acompanhada de efetivo debate e conscientização (concomitante a campanhas institucionais da questão) na Sociedade.

Da mesma forma tenho tranqüilidade para falar do ajuizamento de ações coletivas, tendo em vista que a primeira Ação Civil Pública aceita no Judiciário brasileiro, em nome da OAB, para defesa de terceiros, foi desta subscritora, em 1998.

Acredito que o cumprimento do art. 44 de nosso Estatuto passa pela utilização de todas as formas de defesa, como o ajuizamento de ações coletivas em todas as demandas sociais.

E, tudo isso passará pela Comissão de Diversidade Sexual, que deve ser composta por membros que efetivamente conhecem, vivenciam e sofrem com e pela causa. Referida Comissão terá total apoio da Presidência e Conselho para as legitimas defesas, incluindo a manutenção e aprimoramento do convênio já existente e criação de outros que se fizerem necessário à defesa da causa.

A luta por condições de trabalho específicas, passa pela questão geral, não só da advocacia, como um todo, mas visando o respeito que devemos ter, nós advogados, independente de cor, credo, gênero e condição econômica.

Lembro, ainda, que essas questões não são estranhas de minha advocacia, voltada para questões sociais, como as glosas de Operadoras de Planos de Saúde, iniciada em 1993, quando da recusa de atendimento aos portadores do vírus do HIV.

Vcs sabem que essa questão veio acompanhada de todo o preconceito, na época existente, já que se atribuía a disseminação dessa doença à pessoas com diversidade sexual.

Por fim, reafirmo, de forma contrária aos próprios interesses, que cabe a esse Grupo indicar a cada Candidato o nome de um(a) representante para integrar o Conselho, que será quem assumirá a Presidência da Comissão, com toda esse gama de ações a serem incrementadas.

 

Boa Sorte à advocacia


Rosana Chiavassa

GADvS promove neste mês debate sobre aspectos legais e políticos da criminalização da homofobia

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Mais uma vez o GADvS – Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual promoverá uma atividade de difusão cultural e do interesse de LGBTs. O debate, que terá como tema

“OS ASPECTOS LEGAIS E POLITICOS DA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA”

 

acontecerá no próximo dia 26 de setembro, quarta feira, a partir das 19:00hs, com a participação de Paulo Roberto Iotti Vecchiatti e Marcelo Gerald sobre OS ASPECTOS LEGAIS E POLITICOS DA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA, analisando desde os termos do projeto de lei atualmente em discussão aos argumentos contrários, e falando da tramitação, oposição e perspectivas do mesmo no Congresso Nacional, bem como sobre as perspectivas do mandado de injunção n.º 4733, impetrado perante o Supremo Tribunal Federal pleiteando o reconhecimento do dever constitucional do Congresso Nacional em efetivar referida criminalização.

O debate será realizado na sede do Sindicato dos Advogados de São Paulo SASP, na Rua da Abolição, no. 167, Bairro do Bixiga, Centro, São Paulo, Capital, e a participação é gratuita.

Será fornecido certificado aos participantes que o solicitarem.

 

Paulo Roberto Iotti Vecchiatti, Mestre em Direito Constitucional pela Instituição Toledo de Ensino/Bauru, Advogado do Centro de Combate à Homofobia e da Coordenadoria de Assuntos de Diversidade Sexual da Prefeitura de São Paulo, Membro do GADvS – Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual

Marcelo Gerald, ativista LGBT, titular dos sites www.plc122.com.br e www.eleicoeshoje.com.br

Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul realiza audiência pública sobre a Criminalização da Homofobia no RS

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Escritura reconhece união afetiva a três

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21/08/2012

 

Foi divulgada essa semana uma Escritura Pública de União Poliafetiva que, de acordo com a tabeliã de notas e protestos da cidade de Tupã, interior de São Paulo, Cláudia do Nascimento Domingues,  pode ser considerada a primeira que trata sobre uniões poliafetivas no Brasil. Ela, tabeliã responsável pelo caso, explica que os três indivíduos: duas mulheres e um homem, viviam em união estável e desejavam declarar essa situação publicamente para a garantia de seus direitos. Os três procuraram diversos tabeliães que se recusaram a lavrar a declaração de convivência pública.  “Quando eles entraram em contato comigo, eu fui averiguar se existia algum impedimento legal e verifiquei que não havia. Eu não poderia me recusar a lavrar a declaração. O tabelião tem a função pública de dar garantia jurídica ao conhecimento de fato”, afirma.

Ela conta também que se sentiu bastante a vontade para tornar pública essa união envolvendo três pessoas, já que havia um desejo comum entre as partes, se tratava de pessoas capazes, sem envolvimento de nenhum menor e sem litígio. “Internamente não havia dúvida de que as três pessoas consideravam viver como entidade familiar e desejavam garantir alguns direitos. Minha dúvida é com as questões externas à relação. Não há legislação que trate sobre o assunto. A aceitação envolve a maturação do direito. Nesse caso, foi preciso atribuir o direito a partir de um fato concreto. Será que haverá algum questionamento?” reflete.

Para a vice- presidente do Instituto Brasileiro de Família, IBDFAM, Maria Berenice Dias, é preciso reconhecer os diversos tipos de relacionamentos que fazem parte da nossa sociedade atual.  “Temos que respeitar a natureza privada dos relacionamentos e aprender a viver nessa sociedade plural reconhecendo os diferentes desejos”, explica.

Maria Berenice não vê problemas em se assegurar direitos e obrigações a uma relação contínua e duradoura, só por que ela envolve a união de três pessoas. “O princípio da monogamia não está na constituição, é um viés cultural. O código civil proíbe apenas casamento entre pessoas casadas, o que não é o caso.  Essas pessoas trabalham, contribuem e, por isso, devem ter seus direitos garantidos. A justiça não pode chancelar a injustiça”, completa.

A escritura

“Os declarantes, diante da lacuna legal no reconhecimento desse modelo de união afetiva múltipla e simultânea, intentam estabelecer as regras para garantia de seus direitos e deveres, pretendendo vê-las reconhecidas e respeitadas social, econômica e juridicamente, em caso de questionamentos  ou litígios surgidos entre si ou com terceiros, tendo por base os princípios constitucionais da liberdade, dignidade e igualdade.” A frase retirada da Escritura Pública Declaratória de União Poliafetiva resume bem o desejo das partes em tornar pública uma relação que consideram familiar e de união estável. A partir dessa premissa, a escritura trata sobre os direitos e deveres dos conviventes, sobre as relações patrimoniais bem como dispõe sobre a dissolução da união poliafetiva e sobre os efeitos jurídicos desse tipo de união.

A partir da união estável, a escritura estabelece um regime patrimonial de comunhão parcial, análogo ao regime da comunhão parcial de bens estabelecido nos artigos 1.658 a 1.666 do Código Civil Brasileiro.  Nesse caso, eles decidiram que um dos conviventes exercerá a administração dos bens. Dentre os direitos e deveres dos conviventes está a assistência material e emocional eventualmente para o bem estar individual e comum; o dever da lealdade e manutenção da harmonia na convivência entre os três.

GADvS visita candidatos à presidência da OAB/SP

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O Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual tem visitado candidatos à OAB/SP e entregado aos mesmos uma Carta Aberta, elaborada pelo próprio grupo, manifestando suas expectativas sobre os colegas que assumirão a diretoria da OAB/SP, no sentido de promover e defender a cidadania de LGBTs.

Desde julho passado o GADvS tem feito esses contatos com os candidatos para as eleições da OAB SP, que se realizará no próximo mês de novembro.

Os diretores do GADvS estiveram no escritório do advogado Alberto Zacharias Toron julho e foram recebidos pelo candidato, que conversou sobre as expectativas do grupo, bem assim de antemão afirmou que o preconceito e a discriminação são por ele bem conhecidas, vez que tem origem judaica e que seus antepassados sofreram as discriminações e horrores da guerra e do holocausto. Disse que apoia integralmente os conteúdo da carta e que na sua gestão irá envidar todos os esforços para que a OAB/SP seja promotora da cidadania de LGBTs. A visita do Gadvs ao Dr. Toron foi noticiada no site de sua campanha (http://www.toron.com.br/noticias.asp?materia=185).
O GADvS também esteve no escritório do candidato Roberto Podval, que igualmente manifestou apoio à causa da cidadania LGBT e disse que este é o tipo de assunto que não precisaria ser discutido em período de eleições, e que a cidadania de LGBTs deveria ser respeitada e reconhecida em todos os dias do ano. O Dr. Podval tem também origem judaica e igualmente fez referência ao preconceito e a discriminação que os judeus sofreram durante a II Guerra na Alemanha Nazista.  A Carta Aberta do GADvS foi publicada no site de sua campanha (http://www.robertopodval.com.br/podval-compromete-se-com-os-anseios-do-gadvs/).

O GADvS continua fazendo contato com os demais candidatos à presidência da OAB/SP para apresentação de sua Carta Aberta. Mais notícias serão postadas em breve neste site.

II Congresso Regional de Direito do ABCDMR terá palestras com temática de Direito da Diversidade Sexual

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O II Congresso Regional de Direito do ABCDMR terá, em sua programação, palestras relativas ao Direito da Diversidade Sexual, coordenadas pela Comissão de Defesa dos Direitos da Diversidade Sexual e pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção de Santo André.

 

Abaixo destacamos a programação relativa ao tema; a programação completa do evento pode ser consultada no site da OAB. O evento é gratuito e com emissão de certificado.

29.08.2012 – 14 horas


TRANSEXUALIDADE E QUESTÕES CONTROVERTIDAS DE DIREITO DE FAMÍLIA

 

Expositora
DRA. TEREZA RODRIGUES VIEIRA
Advogada; Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUC SP; Especialista em Interesses Difusos e Coletivos na ESMP SP.

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31.08.2012 – 11 Horas

DIREITOS E GARANTIAS À CONDIÇÃO SEXUAL

Expositora
DRA. KÁTIA BOULOS
Advogada; Vice-Presidente da Comissão de Direito de Família da OAB SP.

***

Local
Fundação Santo André
Avenida Príncipe de Gales, 821 – Santo André

Inscrições / Informações
Gratuitas
Fones: (11) 4992-7933 / 4436-0312

Promoção
38ª Subseção – Santo André
Presidente: Dr. Fabio Picarelli

Coordenação do Congresso
Dra. Patrícia Bono


Presidente em exercício da OAB SP

Dr. Marcos da Costa

***Serão conferidos certificados de participação — retirar em até 90 dias***

*** Vagas limitadas ***

Primeiro casamento civil gay da cidade de São Paulo acontece neste sábado

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Noivos vivem em regime de união estável desde 2010; pedido de casamento foi aceito por cartório de Itaquera

17 de agosto de 2012 | 10h 34

 

Acontece neste sábado, 18,  no bairro de Itaquera, zona leste de São Paulo, o primeiro casamento civil gay da capital paulista. Os noivos são Mário Domingos Grego, de 46 anos e Gledson Perrone Cordeiro, de 32 anos, que estão juntos desde 2002. O pedido de casamento, protocolado há menos de um mês, foi aceito pelo cartório de Itaquera com base em um acórdão publicado no dia 6 de julho de 2012 no Diário da Justiça, que autoriza o casamento civil de pessoas do mesmo sexo na Cidade de São Paulo.

 

Acórdão publicado em julho no Diário da Justiça autoriza casamento civil de pessoas do mesmo sexo - Paulo Liebert/AE
Paulo Liebert/AE
Acórdão publicado em julho no Diário da Justiça autoriza casamento civil de pessoas do mesmo sexo

Embora os noivos vivam em regime de união estável desde 2010, antes mesmo de o Superior Tribunal Federal (STF) reconhecer a união homoafetiva como entidade familiar, não se trata de conversão da união estável em casamento, e sim de um casamento civil direto, nos mesmos moldes de um casamento civil heterossexual.

 

Para Mário e Gledson, a conquista do direito ao casamento civil vem para coroar uma história de amor permeada de lutas. Desde que se conheceram, há dez anos, os dois enfrentaram todo o tipo de dificuldade em função da discriminação homofóbica: foram expulsos de imóveis alugados cujos proprietários não aceitavam a presença de um casal gay, enfrentaram a violência dos próprios familiares, moraram em uma ocupação urbana, passaram fome e sobreviveram da coleta de material reciclado. Nada disso, no entanto, desanimou esses dois lutadores.

 

Hoje, mesmo com casa própria, casamento marcado e outros direitos conquistados com muita luta (entre eles, o reconhecimento de Mário como dependente de Gledson no plano de saúde), o casal ainda se dedica à militância no movimento social em defesa dos direitos da população LGBT.

Lançamento oficial das alterações do Boletim de Ocorrência dia 15/08

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