A homofobia é a atitude de hostilidade contra as/os homossexuais; portanto homens ou mulheres[1]; designando o distúrbio psíquico revelado por aqueles que experimentam medo ou ódio irracionais diante da homossexualidade[2].

Sinteticamente, é o termo utilizado para identificar o ódio, aversão ou discriminação tendo em vista que a palavra fobia, vem do grego e significa medo.

A homofobia está tão enraizada na cultura, na inversão dos valores que se perderam com o tempo, um exemplo disso é a expressão da palavra “gay”, criada em 1968, para designar uma atitude de auto-estima e ativismo diante do preconceito e da discriminação, objeto de combate de grupos criados na época, originados pela resistência física de clientes do bar homossexual “Stonewall Riot” no bairro nova-iorquino Greenwich Village, diante da violência empregada numa batida policial[3], todavia na atualidade tal expressão símbolo de um pedido de socorro a sociedade foi banalizada e hoje sua utilização hostil serve para dar conotação pejorativa a outro individuo.

Sobretudo, é importantíssimo analisarmos tal questão na visão do pesquisador Daniel Borrillo “a homofobia é o medo de que a valorização dessa identidade seja reconhecida; ela se manifesta, entre outros aspectos, pela angústia de ver desaparecer a fronteira e a hierarquia da ordem heterossexual[4]”.

Pode se reconhecer a homofobia por vários aspectos, sobretudo no cotidiano da vida, por injúrias, insultos, agressões, privações com aqueles que não partilham da mesma sexualidade considerada “normal”, promovendo assim a violência e o preconceito social.

A normalidade por sua vez é relativa, instala-se na aculturação moral de determinados grupos, da convivência ou intolerância a determinadas coisas ou pessoas, estando intimamente ligada com a homofobia na correlação de alienação dos heterossexuais.

Abrangendo todo o explanado, o professor Marco Aurélio Máximo Prado, ao escrever o prefácio do livro homofobia assim disserta[5]:

“pensar a homofobia exige-nos compreender essas práticas do preconceito não como meramente individuais, mas, sobretudo, como consentimentos das práticas sociais, culturais e econômicas que constituem uma ideologia homofóbica”.

Sendo assim, a prática da homofobia, nada mais é do que o enraizamento de um sentimento negativo, de repulsa, a qualquer sujeito com conduta sexual diversa daquele individuo.

Até a próxima


[1] BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte. Editora: Autêntica, 2010, página 13.

[2] RIOS, Roger Raupp. A Homossexualidade no Direito. 19.ª edição. Porto Alegre. Editora: Livraria do Advogado, 2001, página 54.

[3] Cf. RIOS, Roger Raupp. A Homossexualidade no Direito. 19.ª edição. Porto Alegre. Editora: Livraria do Advogado, 2001, página 52.

[4] BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de um preconceito. Belo Horizonte. Editora: Autêntica, 2010, página 17.

[5] Idem, Ibidem, página 10.